Fui ver o filme "Na
estrada", do Walter Salles, depois de já ter lido "On the road"
de Jack Kerouac... o que mais me marcou foi ver o quanto a nossa sociedade
careteou ao longo dos anos. Meu Deus, a gente virou "correto" demais,
certinho demais, uma sociedade chata, INSUPORTÁVEL em sua linha reta! O
politicamente correto está tolhendo esmagadoramente a liberdade de expressão, a
liberdade de SER. Mas também achei que podemos buscar formas mais atuais de
mostrar ao mundo que a liberdade é a chave para a felicidade. Essa liberdade de
anos atrás, que estava basicamente associada ao sexo livre e às drogas também
não está mais com nada. De que adianta uma liberdade que transforma o cara num
fodido, ferrado no meio da crakolândia, um mendigo que "queimou, queimou, queimou como
fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações"? E agora? Este cara
queimou tanto para quê? O que ele tem para oferecer? Para contribuir? Para
acrescentar? O cara vai morrer sozinho no meio fio de uma estrada. A vida dele
foi linda... e em vão.
A liberdade consciente é o que
precisamos buscar. A liberdade com propósito. Fresca, pura, aerada,
descolada, sem padrões estabelecidos e livre expressão. A liberdade que respeita a liberdade do próximo. Essa liberdade promove
o bem estar, tanto o nosso como o do mundo a nossa volta. Essa liberdade não produz mendigos que viveram a vida intensamente... essa os transforma em LÍDERES.
Sem querer ser marketeira (mas
sendo!) tá aí um exemplo atual de "On the road", com propósito.
Um comentário:
Meu pai achou a mesma coisa do filme, "não vai a lugar algum". Diz ele que já "loqueou" muito mais que esses caras - e hoje é um coroa com uma família lindona e um jornalista independente e audacioso. Propósito, certamente. Leiam o livro da Alana, pode ajudar.
Jerônimo
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