terça-feira, 1 de maio de 2012

Imersa com os bailarinos

"A mudança é perturbadora quando é feita em nós e incrível quando é feita por nós".
- Rosabeth Moss Kanter

E a mudança feita em nós por nós é maravilhosa. Quando coletiva então... é mágica!

Compartilho aqui um pequeno e talvez confuso porém puro sentimento que aflorou em mim ao sentir-me dentro de um  grupo,  co-criando das mudanças em nós mesmos:

- Mergulho para dentro. Uma apnéia dos sentidos da superfície. Ali, nesse tempo-espaço sem os limites das definições, encontro um cardume de peixinhos bailarinos. Peixinhos esses que não falam, mal enxergam, mas tem  o dom de harmonizar sua suave dança apenas sentindo e recebendo as ondas emanadas pelo grupo. A agua fluida, permite a sintonia dentro da liberdade, a ordem dentro do caos e vice-versa.


Durante a dança, a água rica penetra pelas guelras e boquinhas, alimentando-os. Estão mergulhados no próprio alimento. Não há esforço para nutrir-se, há aceitação. Não há caça  nem escassez, há abundância.

A apnéia, que no começo pode ter um tom incomodo, torna-se mais e mais confortável. A sensação é de estar dentro, imersa e envolta por seres que  me harmonizam sem violentar ou invadir minhas frágeis limitações.

Que mergulho incrível. Volto a superfície, reconecto meus sentidos externos, sabendo agora que o imergir  é tão vital quanto o respirar. 



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