sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que nos une.

Muito mais nos une a fragilidade do que a potência. Eu tenho amigos que amo pelos defeitos e não pelas qualidades. É tão aconchegante encontrar seres humanos, não perfeitos, que nos mostrem mais uma defeito que uma vantagem. Sinto falta de gente que confesse pecados, infâmias.

Me sinto tão bem perto de pessoas onde não há ideais, onde podemos ser em toda a nossa complexidade, incluindo os defeitos, declarando-os e rindo muito de tudo isso. É tão mais real, ficamos tão mais à vontade, fica tudo tão divertido!

Ficar mostrando todo o tempo o quanto somos políticamente corretos, ecológicamente isso, saudavelmente aquilo...que chatice! Eu gosto de vida real, de contrastes, profundidade, porque é aí que se chega quando vemos a totalidade de nós mesmos. Ser profundo é ver inteiro, sem excluir nada, sem hipocrisia, coisa que deixa tudo muito reduzido além de ser caretíssimo. Eu odeio o dever ser!

Quero amores de verdade, que incluam o ódio também. Amizades onde se ri do pior de cada um por saber que são facetas. Adoro mostrar todas elas. Aliás, sou famosa por isso. Escancaro! Eu sou quem eu sou!
Cheia de tudo, defeitos, compaixão, fragilidade, força, menininha, velha, que fala palavrão e medita, adora moda e filosofia, ama "errado", sabe como?! Ama sendo e não agradando. Generosa, amorosa, irrascível e aguda em apontar o que vê no outro. Assim como quero que sejam comigo.



Riqueza de nuances...verdade encantadora dessa existência que nos mostra a cada minuto como tudo muda. Nunca olhamos para o céu e vemos duas vezes a mesma coisa.

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