segunda-feira, 21 de março de 2011

Também vou falar sobre o amor familiar, Mari!

É verdade que família não se escolhe. Eu só não consigo acreditar que vivendo juntos, passando por tantas alegrias e tristezas juntos, estando no mesmo barco, tendo mamado no mesmo peito e vindo da mesma barriga, os irmãos não consigam DECIDIR amar.

Falo em decidir porque não considero o amor sentimento mas sim estado interno. Quando meu estado é amor, eu amo. De várias maneiras, fraternalmente, eróticamente... essa é a realização do ser.
Quando SOU, me uno aos outros, compreendo meus semelhantes, os perdoo, não porque sou bom, melhor que ninguém, mas sim porque este é o estado do amor.

Como não faria isso com aqueles que mais próximos são do meu corpo, da minha memória de vida, das experiências compartilhadas?! Choramos juntos, rolamos juntos naquele misto de brincadeira e briga típico de irmãos, como cachorros novos... Poderia meu coração se fechar para estes? Só se como escolha. Por isso falo em decidir. Isso já não está decidido? Que aqueles mais próximos a nós nesse planeta sejam alvo da nossa compreensão, da nossa boa-vontade? Brigar não faz mal. Realmente nos sentimos tão íntimos que perdemos a compostura. Achamos que com estes podemos tudo.

O que não dá é perder o contato, é colocar o pior de mim naquele que sou eu, do mesmo DNA. É negar-se. É odiar a si mesmo.
Deve ser triste, muito triste! A falta de consciência de fatores reais tráz dor. Àquele que faz parte de mim, eu invejo? Isso não é distorção?

Caim, Abel...veu sei de tudo isso. Só não consigo entender consciência com isso.
É possível?

Um comentário:

Mariana Ostermann disse...

É Tania... familia perfeita só na propaganda da Doriana... Concordo com tuas palavras.. os mais proimos vivenciam tudo de nós, o bom e o mau, o bonito e o feio, o choro e o riso.
Mas..também sem entender, há quem não enxergue a riqueza desses laços...