Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico ou Mediterrâneo, que é mar e não oceano...
Cada um com seu tom, seu jeito de ser, sua natureza. Não importa que país banhe, se o povo usa burca ou biquini, se são socialistas, democráticos, amorosos ou lunáticos.
Ele se joga alí, nas areias branquinhas, pedras, costões agrestes... Quer chegar, dar, entregar-se...
Como uma mulher ou um homem apaixonado que se oferece e anseia ser aceito, amado, mergulhado.
Lindo! Só vi isto agora, o mar é um apaixonado e está por tudo aí, veste o planeta inteiro. Aceita ser ocupado por partes rígidas, fechadas, cheia de seres que lhe agridem, utilizam-no, mal lhe olham, quanto mais ouvir. Jogam seus detritos nele, usam-no quando lhes é conveniente, depois vão embora e esquecem dele... que fica alí, dando-se como sempre, esperando a volta, enfeitando a vida, animando os tristes.
Para mim, viver tem a ver com mar. Viajar, quando é bom mesmo, é para perto dele. De resto, é sempre separação, acontece às vezes e a volta é mais intensa ainda.
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