quinta-feira, 24 de março de 2011

Sair do fluxo.

Já observaram como o ser humano é fascinado pelo sofrimento? A mídia trabalha em função disso: mostrando desespero, desencontros, tragédias. Isto dá muita audiência. Falar de amor, felicidade, ternura  parece tão adocicado, feminino, "coisinha de mulher."  Não é notícia.
Sabe por que? Porque a maior parte das coisas da vida DÁ certo! Todos os dias nasce o sol, quer estejamos tristes ou alegres, alguém tenha morrido ou haja uma guerra. Pode estar encoberto... mas está alí.
Todos os planetas na sua órbita. Uma ordem funcionando no universo em meio ao caos interno dos seres humanos.

Fiquei pensando... porque nós não relaxamos e fluimos como os planetas, em nosso próprio curso, sem os desvios causados pelo emocionalismo, que é a exacerbação da emoção real?!

Mas claro que pensando assim, não levei em consideração um personagem da nossa psique, muito importante, porque lhe damos poder total sobre nós. Ele ama o drama, se alimenta de sofrimento, instiga tramas para provocar dor e se justifica com "a razão." Ele realmente acha que é o sacador da situação, aquele que vê mais longe, mais fundo. Entende muito bem o que o outro está querendo...

Não ama nada, nem a ninguém. Quer é a adrenalina do rolo. Quer fuçar, escarafuchar, justificar seu enorme desejo de existir e comandar a vida, fazendo com que o rumo natural das coisas não possa acontecer. Que se desvie! Que se desencaminhe! Que se desunam, desamem, aumentem seu poder, já que se agiganta quando consegue se sentir só e desamparado, tendo que lutar por si mesmo!
Olha o conto!!!

É esperto o carinha! Mas se desmancha facilzinho quando chega o Senhor. O SER! Que acalma, estabiliza, volta ao prumo, esfria o emocionalismo e compreende a totalidade. É mais abrangente, não olha só para si, vê o outro também. E como tem o outro dentro de si, porque somos unos, percebe o outro lado, entende o todo.

Balão furado! Cai o ego e chega a paz! Volta a harmonia do fluxo natural da vida. O coração esquenta, o sol brilha dentro e a vida continua.

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