Reflexões sobre a vida 2

O que nos faz passar por estados internos tão inconstantes?! Ora alegres, ora tristes, calmos, serenos, excitados e loucos por aventura, deprimidos...e tudo num dia só!

Os humores, a influência do tempo, da lua, dos astros, dos outros e sei mais o que. Nós, como palhas ao vento, viajando por estes tão diversos caminhos.

A única possibilidade de não sofrermos nesta inconstância é criarmos um centro em nós mesmos que a tudo observe, sem crítica e sem julgamento. Criarmos um observador que passeie por estes estados e se mantenha na sua rota, caminhando na direção da nossa intenção.
Algo constante dentro circundado pelo instável.

Aí fica até possível rir e se divertir com a nossa louca mente, que mente todo o tempo. Conhecermos esse mecanismo condicionado e repetitivo dos nossos pensamentos para podermos identificá-los e mais facilmente nos livrarmos deles.

Somos seres mutantes, em perene transformação. Só a mudança é constante.
É importante que saibamos disso e não tentemos fixar o que é impermanente.

Temos que aprender a viajar para dentro de nós como transeuntes, que apenas caminham e observam. Repito, sem crítica e sem julgamento, apenas percebendo e conhecendo. Assim como faz um turista quando conhece um lugar novo e está aberto para vê-lo e conhecê-lo.

Permitir que a vida aconteça e nos inunde com seus mistérios, inconstâncias, como as nuvens passando no céu, diferentes a cada minuto que olharmos.