quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Beijada pelo Sol

Acordei com o Sol beijando minha pele. Poético, mas literal.

Lá fora chovia. Mas meu quarto sorria inundado de luz e calor. Aquele calor que por pouco não queima. Que, por pouco, não transforma gemido em grito.

Minha noite teve sol, um eclipse ao avesso que me aqueceu do vento sul noturno. A Ilha  tem dessas coisas. Os astros aqui se comportam no flow da magia.

Esse banho solar vitaminou meu espírito, fotossintetizei, nutri carências. Matei saudades.

Tanto sol brilhando na chuva, só podia: um arco-iris nasceu dentro de mim. Suave, volátil, lindo, passageiro.

O Sol vem e vai, brilha, some, queima, se esconde;  é sazonal.
Perto dele, e com ele, é luz todo dia, verão sem fim. Mas preciso dos invernos e das noites também. Não apegar-me ao brilho, mas ser grata quando seus raios me atravessam, esse é o caminho.

Agora que o sol se foi, delicio a sombra que ele deixou em mim. Logo o tempo muda, e o Sol volta a brilhar.

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