Busca-se razão para viver. Objetivos de vida. Meta. Mas, isso é pré-requisito para a felicidade e a paz de espírito?
"Você tem que descobrir o que você quer". Essa frase soa repetidamente em diferentes vozes, vozes de pessoas que eu amo e me amam. Mas, e se o que eu quiser for exatamente não desejar? Brincar com o universo, esperando (sem esperar) qual presente virá na próxima volta que o mundo dará?
Quando a preocupação e o chicote dos 'planos para o futuro' aparecem, parece que, daí sim, o mundo estaciona. Para de girar. E perco um tempão tentando encontrar respostas que não existem. Consciente dessa não existência, tento formular para mim respostas semi-prontas sobre o porque das minhas escolhas. Ah, que coisa chata e inútil. Os porquês às vezes deveriam ser abolidos, pois minhas respostas, sinceras seriam: Não sei. Senti e fiz, senti e fui, senti e meti a cara. "Ó, mas não se pode deixar o sentimento tomar conta". Ok, mas senti os meus sentidos, mais internos, que ligam passado e futuro, e, como que de olhos vendados, vou sendo guiada, com a maior confiança do mundo. Só quando me arrancam a venda, e me fazem criar respostas do porque estou aqui e porque sou assim, fica tudo sem sentido. Quero minha venda de volta! Assim meus olhos sempre enxergarão meu interior. E verei o mundo com os olhos do coração. Agarrada nas mãos do destino e sem muitas respostas, o mundo gira, gira, gira... sem que eu precise dele pedir nada.
Um comentário:
Entendo muuuuito bem a tua agonia, Maricota!!
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