Por motivos que não interessam no momento, mais uma vez me dou conta, só que agora experimento, que a vida é totalmente incerta e temos que aprender a viver na incerteza.
O que acontecerá amanhã? Estarei viva no verão que vem? Todos os que amo estarão comigo?
Perguntas sem respostas.
Só temos o presente e o movimento. A vida vai fluindo, modificando, e nós, inteligentemente, vamos nos adaptando, aceitando, deixando-nos levar pelo fluxo. Não há como lutar com a realidade e seria desastroso fazê-lo, já que são as mudanças que promovem nosso crescimento e desenvolvimento como seres humanos.
No nível emocional, bate o medo. De não estar no controle, decidir, escolher. Só que maior seria o medo se pudéssemos decidir, já que não temos a mínima noção da realidade mais ampla. Seria como deixar um bebê decidir uma viagem ao exterior; ele nem sabe o que é viagem, muito menos exterior. Temeridade total. Ninguém faria isso. Mas na nossa vida gostaríamos de fazê-lo. Ou pensamos que gostaríamos, já que os resultados previsíveis nunca nos surpreenderiam com a compreensão da grandeza da vida.
Só sei que hoje sou, estou, vivendo nessa beleza de planeta chamado Terra, cercada de amor, beleza, mar e pessoas que me surpreendem com sua amizade, afeto e diferenças. Como é bom absorver o diferente, ampliar a visão, sem julgamentos.
Amanhã? Não sei. Só sei que será o melhor que pode ser, de acordo com a lógica além do que meu intelecto pode compreender. Aprender a receber as surpresas e súbitos movimentos da vida é uma necessidade como aprendizado para o bem viver.
To be or not to be. That's the question. O resto é resto.
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