terça-feira, 13 de setembro de 2011

Produzir

Ai, porque essa fome louca de 'ter que' produzir algo todo o tempo? Será que a racionalidade? Essa coisa humana, que apita alto do lado de dentro, caso não estejamos nos sentindo úteis. Poxa...A sensação do querer aprender, crescer, melhorar, produzir, interna ou externamente... será que não dorme nunca? Só sei que ela adoece. É a velha história de enterrar os nossos dons. Assim como o motor de um carro, o que existe para ser usado, pede uso, senão falha. E é por isso que satisfação, paz, felicidade, são conceitos e sensações vinculadas ao estar fazendo ou aprendendo o que é da natureza de cada um fazer ou aprender. É o sentir-se na busca (interna ou externamente...) que faz a pergunta "Afinal, por eu eu existo?", parecer desafiadora, e não apavorante. O 'estar a caminho', é o que importa. Caminho certo, caminho errado, isso depende mais da qualidade dos nossos passos e da capacidade de mudar a rota quando necessário. Pode ser pelo pedregulho que se encontrará um lindo castelo, ou pelo asfalto plano encontrar um abismo. Porém, nem castelo nem abismo pode ser o fim da rota. Nossas metas e objetivos, não são pontos finais. São pontos de referência na trilha, e a conquista de uma meta é sucedida por outra, e outra, direcionando nossos passos com mais firmeza. A contradição também é parte, as bifurcações e as duvidas. As vezes um pausa rápida para pensar é bem vinda, desde que fortaleça a caminhada seguinte. E 'caminhando' que nos auto-conhecemos. Percebemos os medos e os pontos fracos, e arquivamos o conhecimento para que a próxima pisada seja sempre mais consciente e menos dolorida. Mais prazerosa também. Mais feliz, mais satisfatória, pois se aprendeu algo. O pisar de cada um traz o sentido pessoal dos 'porquês' sem resposta. Siga. A jornada é a produção mais valiosa.

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