Faz um tempo que estou querendo escrever este post. Ele também saiu de uma conversa pós-balada sobre redes sociais e o nível absurdo de exposição a que chegamos através delas. Coloque qualquer pessoa no Google e descubra: onde vive, quem conhece, hábitos, preferências, para onde viaja, onde trabalha, etc. Isso para nem mencionar outros detalhes do arco da velha. Eu, por exemplo, acabo de descobrir que existe uma multa no meu nome por uma festa que fiz em um apartamento em Barcelona há quase dez anos.
Um produto novo sai no mercado e você pensa: "Nossa, leram a minha mente!"
Leram sua mente nada, fofo... leram o seu perfil. O seu e de outras milhões de pessoas! E o ponto onde quero chegar com este post é: tá mais difícil fingir ser quem você não é. Tudo o que você já disse em entrevistas, sua paradinha na delegacia depois de uma festa, registros, cadastros, fofocas nas colunas sociais, tweets, fotos... tudo faz parte da sua ficha virtual e pode facilmente ser usado contra você no tribunal... ou na sua próxima entrevista de emprego. E não é que eu ache ruim. Quem não deve, não teme. Na verdade, acho que estamos nos encaminhando para uma realidade onde teremos que bancar tudo o que somos. E isso é bom. O problema é que a gente faz cagada às vezes... vamos ter que bancar isso também.
Uma empresa que eu curto muito, a Perestroika, tem o lema do "Vai lá e faz", que diz que temos que colocar na prática nossas ideias. Eu vou ousar ir mais fundo... com o lema "Vá lá e SEJA"... porque a gente é muito mais do que o que a gente faz... e o que a gente faz deveria refletir quem a gente É. Não adianta ter uma puta empresa que compra créditos de carbono e tem selos ecológicos quando o presidente joga lixo pela janela do seu carro. Também não é cool escrever um blog sobre a importância de continuar humilde depois do sucesso, quando na prática da vida o cara é um baita bossal e se acha a última bolacha do pacote. A gente tem que SER o que a gente diz para ter credibilidade inabalável, isso é o que dá poder verdadeiro a uma pessoa e/ou empresa. O vulgo 171 pode até enganar por um instante... mas seus dias estão cada vez mais contados. O futuro é a transparência!
3 comentários:
Total, Alana. A realidade é telepática, para os que se sensibilizam. Não há mais como mentir, todo mundo sente tudo. Pode não querer saber, aí é outro caso. Mas sabe! Além disso é mais relaxante não estar escondendo nada... pode aparecer tudo sem estress. Na tumba do Rumi, poeta persa em Konya, Turquia está escrito: "Pareça o que você é. Ou seja aquilo que você parece". Uma unidade sempre, sem duas caras...chato, careta e estressante!
"Don't take any notice of what people say, just watch what they do", Ikbal Ali Shah.
So true o que você disse! Curti!
DEMAIS teu texto Alana!!!!
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