segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Maçãzinha raspadinha

Tenho observado que as pessoas gostam muito de receber textos, livros, qualquer tipo de informação, bem esmiuçado, para que não precisem refletir sobre o assunto.
Isso me faz pensar em bebês sem dente, onde precisamos amassar a bananinha para eles poderem comer, já que dentes não têm e o estômago ainda não está preparado para o alimento sólido.

Como dizia Gregory Bateson, psicoterapeuta que trabalhava no Instituto Esalen, na Califórnia, nos anos 70,
quando falamos ou escrevemos para adultos, damos-lhe ilhas e deixamos que seu cérebro faça a ponte. Essa é uma maneira de ensinar, fazer evoluir, deixar que cada um faça seus próprios "links".
Dar tudo mastigadinho é um mal do nosso tempo, onde já está tudo pronto no deus google, só precisamos acessá-lo e ali está a resposta.
Para coisas práticas é perfeito, informação fácil, que nos economiza energia para podermos dela dispôr em outros setores, como o viver e seu propósito, refletir sobre o mundo e seus caminhos, olhar para dentro de si, formar opiniões próprias e não apenas adotar o que disseram outros.


Eu não falei em maçã amassadinha, perceberam? Mas a idéia reflete o título, que, na minha opinião deve ser alusivo e não explícito, para gerar reflexão. Concordam?

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