terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reflexões sobre a vida 4

Refletir sobre a vida não é pensar sobre ela porque o pensamento nunca é novo, ele é o resultado dos nossos condicionamentos.
O pensamento é incapaz de abarcar a totalidade da experiência que é a vida.
Refletir então, é mais que pensar, é colocar-se aberto inclusive para o que a mente não consegue compreender, é tornar-se receptivo para o transcendente e o misterioso.

Que maravilha nos colocarmos em nosso lugar e aceitarmos (porque assim é) que nada sabemos e que o mistério, ao invés de nos tensionar por tentar decifrá-lo, nos relaxa.

É ele, o mistério, a possibilidade do novo, da abertura de outros canais de percepção.

Abrir-se para compreender a vida é aceitar os sinais, as "coincidências", a sincronicidade como bem explicou Jung. Elas nos mostram mais do que mil tratados intelectuais estéreis, que não consideram o aqui e agora, que não incluem o observador, que tem a condição de mudar a coisa observada.

Refletir sobre a vida é usar a mente, sim, buscando a conduta mais adequada para cada momento. Mas é mais do que isso. É se deixar guiar pelo "feeling" interior, o ser essencial que cada um de nós tem dentro, ou melhor, quem somos de verdade e que sabe tudo porque está livre do tempo. Nunca nasceu e nem morrerá.
Ele SABE!

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