terça-feira, 16 de novembro de 2010

Freedom Writer 2: Alana de Abreu Trauczynski

Autobiografia póstuma, em vida:



Se fosse hoje meu dia de partir desta para sabe-se-lá-qual, o que diriam os que ficam, sobre mim? Suponho eu que seria algo mais ou menos assim...

Amigos
A Alana? Meu, sei lá. Era uma dessas pessoas com quem coisas realmente bizarras aconteciam. Ou isso, ou ela era uma ótima contadora de histórias. Algumas eram nada menos do que inacreditáveis. Era uma amiga intensa, quando presente. Se fosse ausente, no entanto, era por estar em outro CEP. Alegre na maioria dos dias, insuportável em outros. Sempre buscando um meio termo. A pessoa certa para ligar em três ocasiões: uma balada forte, uma tarde no cinema ou uma viagem qualquer. Nos últimos dias, uma balada forte já não era o caso... melhor um jantar no mexicano ou um cappuccino em um café destes cheios de livros. Tenho duas ou três histórias memoráveis nas quais ela estava presente, tendo ataques de riso: por graça, nervo ou bebedeira. Além das qualidades e defeitos, definitivamente uma pessoa que não passou a vida em branco.

Mãe
“Bagre no lodo” seria a melhor expressão. Sabe aquela pessoa que quanto mais você tenta agarrar, mais escapa? Muitas vezes esqueceu-se de si mesma. Muitas vezes esteve perdida. Teve seu coração endurecido pelos solavancos da vida e murchou em todas as vezes que esqueceu-se de amar. Viajou o mundo como poucos, andou com princesas e com mendigos, aprendeu que os anseios do ego não trazem felicidade e desistiu de ser movida pela ambição para dar lugar à inspiração. Para mim? Já foi filha, mãe, irmã, carrasca e capacho, mas sobretudo uma grande companheira de jornada que admiro e respeito. Ao mesmo tempo, foi minha princesinha única e amada, a quem não pude dar o primeiro sutiã porque ela se recusava a aceitar que já tinha peitos.

Algum ex-namorado 
Ela era fogo, a baixinha! Não tinha muito lero-lero, nem frescura de mulher, mas demorava para se arrumar como todas elas. Além de amante, era uma amiga com quem podia conversar sobre absolutamente tudo. Do tipo que esquecia o dia do aniversário de namoro, não sabia se queria ter filhos, mas se emocionava no casamento das amigas e ao brincar com seus sobrinhos. Tão viciada em doce que comeu direto do tubo o lubrificante de chocolate que comprei no sex shop para uma noite inventiva. Só que não sobrou! Era uma mulher livre e independente, acima de tudo. Quando compreendi isso, experimentei o seu amor de fato.

Um baiano qualquer
Oxente, e num é que a lôra sabe sambar?

A princesa do Bahrein
Las Vegas wasn’t the same when she left. Being with her was never boring. She was a great friend.

Um chefe
Putzz, a lazarenta era competente, mas difícil de engolir. Teimosa, chata, insistente, exigente, um tanto cheia de si, arrogante e indisciplinada. Tá, ela me fazia rir muitas vezes. Também era verdadeira, ao menos. Ao invés de fazer panelinhas para falar mal do chefe, ela falava na cara. Sempre que pensava em despedí-la por ser tão displicente, via o resultado do seu trabalho e desistia no ato. Criativa, inteligente, sacadora, bem relacionada... difícil de substituir, ao menos.

A Lady Gaga

Um comentário:

Les Amies Doces disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk
Muito Bom!!