quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Uma maravilha na rua e uma merda dentro de casa


Vocês conhecem aquele tipo de pessoa, bem comum, por sinal, que é considerado simpaticíssimo por todos. Gentil, sorridente, sempre com um bom incentivo para quem precisa, uma idéia brilhante para quem não vê saída em uma situação, consideração pelo estado do outro...uma verdadeira maravilha! Atende o telefone e dá gargalhadas com a pessoa no outro lado da linha. Tudo de bom!

O paradoxo é que em casa, mal e mal fala, apenas resmunga. Não acha nada engraçado, até porque nem ouve o que se diz. Desliga o telefone e o sorriso se vai para sempre. Prisioneiro de si mesmo, não olha para fora, não vê o outro ou o que se passa ao seu redor. Não participa de nada no seu ambiente mais próximo.
Quer dizer, na maior parte do tempo vive mal. Só se diverte com estranhos e passa a imagem de contente, boa onda.

Perde a oportunidade de ser feliz por não abrir seu coração, fica escondidinho no seu cantinho vazio, só em sonhos ou imaginação vivendo legal.

Pode-se perguntar: por que fica nessa casa se aí não é feliz?! Mas não importa em que casa esteja, esse é um padrão interno. Sem platéia as luzes se apagam e não interessa mais manter a máscara de quem sabe viver.
Não que não seja feliz, até é. Mas não compartilha, não distribui para quem está alí no dia-a-dia, não oferece nada em troca do que recebe.

Estou definindo um tipo. Caseiro mal humorado, maravilha na rua. Vive bem consigo mesmo, só não entrega, principalmente para quem é íntimo e não precisa mais ser conquistado.
Quem não conhece um sujeito assim???




Quem serve o sapato, se veste!

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