sábado, 17 de dezembro de 2011

Jesus morreu para nos salvar?

Pela primeira vez tive o "insight" do que significa "Jesus morreu para nos salvar." Eu sempre considerei isso uma maneira dos cristão se desresponsabilizarem pelo seu trabalho evolutivo. Se ele já fez o trabalho, eu apenas vou à missa aos domingos, pago o dízimo, batizo meus filhos, crismo, caso na igreja etc... a rotina cristã sem sentido para a grande maioria.

Hoje me dei conta de que ele foi um, entre muitos, ou melhor, entre poucos,que desafiaram as leis neuróticas da mecanicidade e mostraram que o ser humano pode ser mais do que é, do que vive, do que pensa ser.

Não há descanso, nem até o último suspiro, na construção do ser humano, até que chegue ao seu verdadeiro potencial. Os sábios sabem disso e vivem sua vida como canais, na modéstia de serem simplesmente colaboradores do projeto humano.

Na prática, o que significa isso? No dia-a-dia lutarmos contra a tendência de apenas nos deixarmos levar pela inércia, entregando-nos ao que nos foi ensinado como "normal", e ajudarmos anonimamente na construção dessa raça a que pertencemos. Sem louros, reconhecimento, mas vivendo um sofrimento com significado. Vai representar alguma coisa para os meus netos, os teus, os bebês africanos, indianos e toda uma geração que vem pela frente.

Falo em sofrimento porque sair do conforto mecânico da vitimização não é fácil não. Dói. Se cai, levanta. É como parar com uma droga, cigarro, ou qualquer hábito desse tipo. Tem que ter atenção permanente e muita força para não se auto-enganar. Trabalho duro sobre si mesmo.


Não deixar a mente mecânica no comando mas assumirmos nosso Ser eterno, aquele que sabe quem é, para onde vai e que faz parte da humanidade. Não vive só. É parte da pirâmide que está sendo construída para que possamos realmente nos chamar HUMANOS!

Um comentário:

Tereza disse...

Ele foi um dos grandes rebeldes de todos os tempos e como tal, uma ameaça ao status quo.
Pergunta: Quem estaria a seu lado naquela época ou em outra qualquer?
A inércia é o combustível da ignorância, que alimenta as instituições da religião e governo.
Muito bom, Tânia.