A proximidade tira a visão da realidade. Explico melhor: se olhas algo de muito perto, acabas vendo detalhes e não enxergas a totalidade.
Saquei isso hoje tirando fotos do pôr-do-sol, lindo, por sinal...
Mas a metáfora interna que fiz foi com as pessoas. Quem está mais próximo de ti pode ser muito desconhecido na sua totalidade, porque só o vês em detalhe.
Como diz Caetano, ou canta, não sei se a autoria da frase é dele: "de perto ninguém é normal."
Alguém com uma certa distância vê melhor, porque enxerga o todo. Não se fixa num pequeno detalhe que lhe aperte algum botão, não se engancha emocionalmente.
Pertinho, grudadinho, a gente só vê o botão e acha que aquilo é tudo.
A história do elefante...para quem sabe. Cada um vê uma parte e diz que o elefante é aquilo; só a tromba, ou a perna ou as enormes orelhas...
O zoom prejudica a visão do todo. Óbvio! Sei lá como é que eu nunca tinha sacado.
E olha que, em fotografia, eu adoro zoom. Preciso rever os meus conceitos...
Um comentário:
O verso que o Caetano canta em "Vaca Profana" é, na verdade, de autoria do Freud. Não sei se é de uma carta dele para o Jung ou se está mesmo em um dos seus ensaios. Bom, de qualquer forma, nos revelamos muito mesmo quando estamos perto do outro, nos mostramos em nossas singularidades e idiossincrasias. E não existe nada de estranho nisso, pois, no fundo, somos realmente muito doidos e esquisitos, rsrsrs. Isto é muito bom porque quando mostramos para o outro que somos tão estranhos quanto ele, nos libertamos. É um alívio!! rsrs.
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