Tive nesses últimos dias um ataque de sobriedade. Coisa rara em mim, que sou mais para o pé-na-jaca.
E aí comecei a me perguntar porque precisamos estar alterados por alcool ou qualquer outra coisa, para nos sentirmos borbulhantes.
Eu sei que a tranquila satisfação, verdadeiro estado de felicidade, não necessita nada disso. Mas buscamos mais que isso. Queremos regozijo, olhos brilhando, língua solta, risadas...muitas...
Que desejo será esse?
Me pergunto, sem resposta, se vem da falta essencial de sabermo-nos mais do que vivemos, ou lembrarmo-nos de outros níveis de vivências, esquecidos no fundo do inconsciente... talvez...
Pode ser apenas a criança em nós que quer um dia de folga, sem aula, compromissos, obediência e livremente deseja fazer o que lhe der na telha.
Não sei! Acho necessário como ritual de liberação algumas vezes.
Apenas também me dou conta que banalizamos esse ritual e aí fica só aquele amargo repetir de uma coisa que não cola mais, que tenta e não chega lá.
Melhor seria lidarmos com a restrição, o não fazer, por puro exercício de livre vontade que, mesmo sendo difícil por alguns segundos, nos enche de força e alegria sincera e pura, vinda do mais fundo do ser.
Reflexão indigesta para uma semana de festas, onde tudo que se faz é cometer excessos... fazer o que?! Tenho que permitir meus pensamentos e sensações sem manipular ou me dicotomizar.
Sorry people...
Nenhum comentário:
Postar um comentário