Nos arrumamos mais do que de costume para jantar, mesmo que seja em casa. A mesa é lindamente decorada (esse é um valor meu, adoro arrumar mesas), a comida é especial, no nosso caso este ano um bacalhau espetacular preparado com muito amor pelo meu marido (acho muito engraçado chamá-lo de marido, já que nem casados somos, mas vivemos juntos em amor há 25 anos).
Tem a troca de presentes também...delicioso dar e receber. Estreitar laços com cada um, já que temos que pensar para comprar um presente que agrade àquele que vai receber. Pensar em quem é, do que gosta, o que precisa ou o que nunca compraria. Eu uso esse critério; compro algo que a pessoa gostaria mas não iria gastar para comprar, como algo supérfluo ou ousado.
É uma noite feliz! Principalmente se não colocarmos nela nenhuma expectativa e deixar que transcorra como tem que ser pela natureza das coisas. Às vezes é alegre, vibrante, cheia de gente...outras calma e aconchegante, com poucos. Outras vezes rolam conversas sérias. Sabe como é...família junta pode acontecer de tudo. Na minha já houve até discussão da pesada, onde em um momento levantei e berrei em altos brados: "Mamãe morreu!" chega de ser mamãe de adultos. Nada mais tenho a ensinar. Agora quero amigos, que queiram também ser meus amigos e estarem comigo nessas ocasiões. Obrigação familiar...argh...
De qualquer jeito acho adorável esse espaço que se abre no ano para lembrarmos que a vida é mais que um dia-a-dia, que existem figuras mágicas relembrando o transcendente, que lembramos do amor e o celebramos. Juntos! Se não pessoalmente mas em coração. Juntos todos os que se amam!
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