Revivendo, vivendo
Vazio ensurdecedor
Sem humor, amor ou calor
Frio e sem cor
Abre-me os olhos internos
Enfrento nossos invernos
Experimento meus infernos
Busco o caminho do meio
Com anseio, sem receio
Cruzo o universo alheio
Com calma, mas sem freio
Sobrepondo o belo ao feio
Choro, escrevo e leio.
Achei esse poeminha que escrevi a uns oito anos atrás. Triste e meio obscuro, foi meu modo de retirar de dentro de mim a tristeza daquele momento: transferindo-a pro papel. E como disse a Alana, colocar 'pra fora', também me alivia tristeza e dor. Quando eu era adolescente escrevia muitas poesias, meio sombrias, outras alegres também. Sempre escrevia antes de dormir... pra 'tirar logo' algo que pudesse estar me incomodando. Funcionava bem, ainda funciona, eu é que perdi o hábito.
Não guardar, não solidificar mágoas. Escuto desde pequena isso. Tá triste, chora menina!!! E quer sensação mais aliviante que gritar um palavrão quando a gente dá uma topada na quina da mesa? Ai que #$%%&*@!.. e parece que a dor diminui, incrível!
Assim como nos preocupamos em manter nossos corpos limpos e sãos, é importante fazer a faxininha interna nos sentimentos e pensamentos. E cada um acha sua técnica de limpeza. Cantar, dançar, escrever, correr, jogar paciência. Vale qualquer coisa que não seja prejudicial a saúde física e social. Não adianta querer curar a raiva dando porrada no irmão ou quebrando toda louça da casa...(apesar que um pratinho só pode ser em terapêutico... desde que seja seu!)
Criar um hábito de 'limpeza da cuca' é util e válido, como todo bom hábito. Bons hábitos não são adestramento, mas sim ações do bem, auto-cuidado e auto-gentileza.
Afinal, primeiro nós fazemos nossos hábitos, depois nossos hábitos nos fazem!
Um comentário:
ms que poema Mari...delicia de comentário, adorei...melhor coisa é descobrir o jeito de fazer sua limpeza interna...todos deveriam fazer isso, viveriamos num mundo um pouco mais tranquilo!!!
bjos e se cuida Mari!!!
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