"Os beduínos que me contemplam, mas não entendem, é que são devorados por seus próprios erros e ilusões. Assim, vida após vida, corpo após corpo, nome após nome, eles vagueiam como sombras pelo meu deserto, participando sem saber da infinita encenação do Teatro Universal.
Tal como eles estás errando pelas areias da vida. Vejo que não tens cavalo, camelo ou sandálias. Existem andrajos por baixo de tuas melhores roupas. Na verdade, estás nu(a) por baixo delas. Percebo em ti uma fome e uma sede infinitas. Há um certo cansaço em teu rosto e muitas bolhas em teus pés. Existe em teus olhos a esperança do próximo oásis e na tua memória a imagem amarga de todas as desilusões que passaram. Noto até mesmo uma certa vontade de desistir...
Tenho ouvido tuas súplicas silenciosas. Sou a grande testemunha de Deus. Tenho acompanhado tuas angústias secretas. Não sou um assombro de pedra como possas pensar. Tudo em mim se enternece diante dos teus reclamos mais íntimos porque também sou uma imagem do Deus a quem oras, na verdade um Deus bem diferente do que imaginas".
Um comentário:
To acompanhando Alana, e curtindo bastante o Blog!
Achei muito legal e inteligente esse texto. Espero que logo possamos nos encontrar pra trocar umas idéias...essa semana vou à BC e se der tempo na agenda entro em contato. Bjo pra ti e Abração no Walmorzito.
Gabila.
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